MUNICÍPIO DE ANTÔNIO JOÃO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL 1.2 - ASPECTOS FÍSICOS 1.2.1 - Altitude Máxima : 725 metros Mínima : 282 metros 1.2.2 - Solos - Classes e solo predominantes · Latossolo roxo: 50% · Latossolo vermelho escuro: 20% · Solos litólicos : 20% · Podzózico vermelho - amarelo : 08% · Plintossolo solódico - PTS : 02% - Relevo: 1.2.3 - Clima Tropical com temperaturas variando entre as máximas de 25ºC à 35ºC e mínimas de 5ºC e 15ºC. As precipitações pluviométricas tem a média mensal de 150mm, com média anual de 1.800 mm e um período seco entre 15/05 e 15/08. Ocorrem geadas, ocasionais nos meses de junho e julho. 1.2.4 - Cobertura Vegetal Da cobertura vegetal original restam apenas algumas poucas formações florestais do tipo floresta estacional semcidual, aluvial. Predominam nas terras do município vegetação do tipo formações contato savana, floresta estacional e do tipo savana (cerrado). De uma maneira geral podemos citar que 80% da área do município está ocupada com agricultura (lavouras temporárias) e pecuária (pastagens nativas e cultivadas). 1.2.5 - Hidrografia O município pertence às bacias dos Rios Paraguai e Paraná e sub-bacias dos Rios Dourados e Apa. Seus principais cursos d'água são os Rios Dourados e Estrela. São nascentes no município os Rios Dourados e Estrela. Os rios que banham Antônio João são : Rio Dourados, Rio Estrela, Rio Santa Virgínia, Córrego Itá, Rio Apa-mi, Córrego Desbarrancado, Córrego Estrelita, Córrego do Bugre, Córrego São Cristóvão, Córrego do Cervo, Córrego Rêgo d'água, Córrego Mangava, córrego Cabeceira Comprida, Córrego Mosquiteiro, Córrego Vitoriano, Córrego da Lagoa, Córrego da Serra, córrego Taquara, Córrego Invernadinha, Córrego Cipó, Rio São Cristóvão, Córrego da Anta, Córrego Ouro Verde, Córrego São Bento, Córrego Buriti, Córrego Tereré, Córrego Água Boa, Rio Samambaia, Córrego Guariroba, Córrego São Vicente, Córrego Laranjeiras, Rio Apa, Córrego São Roque, Rio Bananal e Córrego Areia. A distribuição da malha fluvial no município é extensa e bem distribuída, sendo que praticamente todas as propriedades, grandes ou pequenas, são servidas por cursos de águas naturais, o que viabiliza projetos de irrigação em todo o município. No entanto, o consumo tem sido restrito à irrigação em pequenas lavouras de hortigranjeiros no município, principalmente o tomate. No mais é utilizada para consumo humano nas propriedades rurais e também como bebedouro natural para animais. A preservação destes cursos d'água é razoável na maioria dos casos. Existem no entanto, problemas de assoreamento em quase todo o município, pela falta de um Programa de Conservação do Solo e Água em micro-bacias. Existe ainda, e vale ressaltar, uma grande devastação nas nascentes do Rio Dourados. 1.2.6 - Susceptibilidade à Erosão Existem no município diferentes tipos de solo, com diferentes tipos de relevo. De uma forma geral, pode-se afirmar que em todo o município ocorrem problemas com erosão. Alguns solos erosionam mais que outros, mesmo que a chuva, a declividade, a cobertura vegetal e as práticas que manejam sejam as mesmas. Em Antônio João, temos em torno de 50% das terras, formadas por solo do tipo latossolo - roxo, que embora sejam de baixa erodibilidade dada à sua textura, tem problemas de erosão por ocorrerem em áreas de relevo muito ondulado. Não existem mais, praticamente mapas nas encostas que poderiam minimizar este problema. Nas áreas planas, predominam solos com alta erodibilidade que são os solos litólicos. Acrescente-se a isto, o fator que, em algumas épocas do ano, como dezembro e janeiro ocorrem altas precipitações pluviométricas. As práticas de manejo do solo são na maior parte do município inadequadas, pois em aproximadamente 70% das áreas de terra, predominam as pastagens e nestas, em sua maioria não se cuida da conservação do solo. Faz-se necessário que se implante no município um Programa de Conservação do Solo e Água, urgentemente. Nas áreas onde se explora a agricultura, em torno de 15.000ha, a conservação do solo é bem feita. 1.2.7 - Aptidão Agrícola O município apresenta algumas características muito peculiares para a exploração agrícola, o que o torna adequado à exploração de praticamente todos os tipos de cultura, se for levado em consideração as condições edafo-climáticas existentes. Em aproximadamente 50% do município predominam os latossolos - roxos, que são solos naturalmente muito férteis. Prestam-se à qualquer tipo de cultura, inclusive, pastagens de alta produtividade. Apenas deve-se excluir destas áreas, aquelas onde a topografia apresenta um relevo de alta declividade, onde não se recomenda à exploração de culturas anuais. Pode-se no entanto, ocorrer uma grande produção de essências florestais, como o eucalipto e o pinus, nestas áreas mais íngremes, bem como também pastagens bem manejadas. Em outras áreas, com solos do tipo podzózico vermelho - amarelo e solos litólicos, que são áreas de menor fertilidade, recomenda-se a exploração de pastagens para pecuária de corte e de leite. Atualmente estima-se que em torno de 70.000 ha do município são ocupadas por pastagens, 10.000 ha pela cultura da soja, 3.000 ha pela cultura do milho, 500 ha pela cultura do arroz de sequeiro, 1000 ha pela cultura do trigo, 2.000 ha pela cultura da aveia e 60 ha são ocupadas pela olericultura, com predominância da tomaticultura.